quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Chapada Diamantina – Cenário encantado

Visitar a Chapada Diamantina era um sonho antigo. As imagens que eu havia visto em revistas e sites davam conta de ser um oásis de paisagens deslumbrantes no centrão da Bahia. As expectativas eram altas.

E eis que chegou o momento.

Passados 7 dias do fim da viagem, ainda estou fascinado. Revejo várias vezes as fotos da trip (algo raro de acontecer) e sinto saudades.

Cachoeiras, grutas, piscinas naturais, rios, trilhas, travessias, cidades históricas, aventura, paz! Conhecer os principais atrativos da chapada requer esforço físico, mas a recompensa é grande. Trata-se de um destino surpreendente!

A porta de entrada principal da chapada é a cidade de Lençóis. É lá que aterrizam os aviões com vôo semanal da Trip (2 vôos a partir de 30/09) e param os ônibus da Real Expresso com 3 saídas diárias de Salvador. Grande parte das pessoas que visita a chapada se hospeda apenas em Lençóis. Sua estrutura turística é a maior da região, com várias opções de restaurantes e agências que oferecem passeios diários. A cidade é aconchegante, dá para curtir uma semana bem movimentada no local e visitar lugares bem bacanas a partir dela, mas a chapada é enorme (maior do que a Holanda inteira) e se torna impossível conhecer tudo montando base somente em Lençóis. A área total da chapada corresponde a cerca de 7% da Bahia e engloba diversas outras cidades e atrações mais distantes.

Assim, para estar mais perto de grandes atrativos da região, como a Cachoeira da Fumaça, o Vale do Paty e os Poços Azul e Encantado; além de viabilizar a ida à Cachoeira do Buracão (a mais bonita das cachoeiras), resolvi dormir algumas noites em Mucugê, Igatu e Vale do Capão, além de Lençóis. Acabei descobrindo que conhecer essas duas vilas e a cidadezinha de Mucugê, por si só já justificaria o pernoite. Suas diferenças, alto astral e centrinhos lindos são apaixonantes.

Vou contar o pouquinho do que conheci deste lugar incrível nos próximos posts. E acreditem, é uma viagem para nunca mais esquecer (e voltar outras vezes).

sábado, 10 de setembro de 2011

Patrimônio Mundial

A cidade de São Cristóvão, a menos de 30 quilômetros de Aracaju, possui grande relevância histórica por ser a quarta cidade mais antiga do país, tendo sido fundada pelos espanhóis em 1590. São Cristóvão ainda passou por domínio holandês no século XVII, antes de ser finalmente declarada pelos portugueses, em 1820, a primeira capital de Sergipe.

Passar uma tarde caminhando por suas praças, igrejas e casarios centenários é um passeio bem agradável. Após décadas de abandono e roubos de peças, as igrejas apresentam interiores bastante simples. Nos últimos anos, esta realidade começou a ser mudada e todas as construções históricas da cidade passaram (e ainda passam) por um processo de restauração.

Comecei o passeio visitando a Igreja Nossa Senhora do Amparo, na Rua das Flores, que foi construída no final do século XVIII. Em seguida, segui para a Praça Senhor dos Passos e conheci o Conjunto Carmelita (séc. XVIII) em estilo barroco, que conta com a Igreja e Convento do Carmo e a Igreja Senhor dos Passos. Continuei a caminhada até a bucólica e sossegada Praça Matriz, onde visitei a bela Igreja Matriz Nossa Senhora da Vitória, fundada em 1608 por padres jesuítas. Antes de conhecer a cereja do bolo, visitei também a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos (séc. XVIII), local que preserva as manifestações culturais e religiosas de tradição africana.

Igreja Nossa Senhora do Amparo
Conjunto Carmelita
Convento do Carmo
Igreja Matriz Nossa Senhora da Vitória
Igreja Matriz Nossa Senhora da Vitória
Interior da Igreja Matriz
Praça Matriz

Terminei o dia na Praça São Francisco, exemplar mais bem-preservado da arquitetura colonial espanhola no Brasil, e desde 2010, o mais novo sítio brasileiro a ser reconhecido pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade.

A praça abriga a Igreja e Convento de Santa Cruz (também conhecido como São Francisco) e o Museu de Arte Sacra, instalado no próprio convento. O museu foi criado em 1974, com a função de preservar o patrimônio religioso de Sergipe e é um dos mais importantes do gênero no país. Não é permitido fotografar em seu interior.

No outro extremo da praça há ainda o Museu Histórico de Sergipe (situado no antigo Palácio do Governo) e a Igreja Nossa Senhora da Visitação. No local, é vendido o bricelete, tradicional e secular biscoito da cidade produzido pela Congregação Irmãs Missionárias Lar Imaculada Conceição.

Interior da Igreja de Santa Cruz